Com Rui Vitória tentaram...Roger Schmidt como não conseguiu envolver os adeptos no apoio à equipa, fizeram-no durante meses e após ondas sucessivas de contestação dos benfiquistas instigados à revolta pela comunicação social, conseguiram que Rui Costa tivesse de o dispensar.

Bruno Lage cedo os topou!

Apelou aos adeptos para o ajudarem a resolver esta mer...porcaria, para blindarem as bancadas e resultou!

Muito martelaram na excessiva relação com os adeptos mas o apoio das bancadas foi determinante e para já a campanha de divisão dos adeptos da equipa e treinador está em banho maria.

Roberto Martínez tem a vantagem de não ter de jogar duas vezes por semana.
Bruno Lage orienta dois jogos e comparece em quatro conferências de imprensa por semana.
Ele por ser treinador do Benfica é um alvo extremamente apetecível e tudo normal, o problema não reside aí.

O verdadeiro problema são as manifestações de desagrado dos adeptos durante os jogos que substituem o apoio, são os assobios a jogadores ou equipa enquanto o jogo ainda decorre.
Muitos adeptos pura e simplesmente não percebem o tiro no próprio pé que estes comportamentos representam.

São adeptos menos corajosos, perante o sofrimento inevitável que representa a própria incerteza do jogo, não conseguem relativizar, não se aguentam, não desfrutam como diz o selecionador.

Não deviam ver futebol com tanta frequência pois o sofrimento é a essência do jogo!

O futebol é o jogo colectivo mais popular pois uma equipa mais fraca pode vencer um adversário superior frequentemente.
Isto é exclusivo do futebol.
Por vezes até empatar ou perder por poucos é uma emoção para os adeptos e estes sofrem, sofrem com o prémio desejado de uma alegria ao fim dos 90min.
A alegria é tão maior quanto a dificuldade do êxito, quanto maior o sofrimento inerente.

Ter esta noção em vez de encarar qualquer erro dos intervenientes como incompetência ou falta de dedicação é perceber um pouco do jogo, perceber a sua natureza.

Ao intervalo todos temos diferentes opiniões do 11 inicial e no fim do jogo, de tudo o que aconteceu e podia ter sido feito.
É o mais normal do mundo apesar de ser no final da época, o momento de avaliações cabais do rendimento global.

O que não devemos nunca fazer é durante os próprio jogos perturbar quem se tenta superar indivual e colectivamente a cada jogo.

O que não podemos é transmitir aos mais novos a falta de respeito que essas atitudes são para com atletas e treinadores, a falta de desportivismo e cultura desportiva que representa.

O que não podemos é dar ouvidos a jornalistas e comentadores desportivos sem ter a perfeita noção que a contestação bárbara e irracional é o seu ganha pão.
A polémica com o Benfica é a galinha dos ovos de ouro das audiências.
Vende ainda mais que qualquer boa notícia nossa.

Por isso e para que Bruno Lage não tenha de regressar ao mesmo discurso a apelar aos adeptos, aqui fica um excerto do que os palermas dos comentadores fazem com declarações perfeitamente normais, com o objectivo de criar polémica, a indignação nos adeptos, falta de compreensão do jogo e tudo em prol das audiências.

Jogadores, treinadores, jornalistas, todos escolhidos a dedo onde se aproveita uma mão cheia de indivíduos sérios e competentes a opinar em todos media.

Carrega Benfica!